15 de dezembro de 2010

ESCRITURAS

Escrituras: Mais Preciosas que o Ouro; Mais Doces que o Mel

Irmã Susan W. Tanner
Presidente Geral das Moças
Serão do SEI para os Jovens Adultos • 11 de setembro de 2005 • Universidade Brigham Young
Irmã Susan W. TannerDigo muito obrigada a este coro maravilhoso. A música estava linda e convidativa ao Espírito. Também gostei da oração de abertura: percebi que ela pedia que cada um de nós sentisse o Espírito hoje e recebesse inspiração da maneira específica que lhe for necessária. Sem dúvida, é isso o que eu também rogo em oração. Fico muita grata pela oportunidade de estar com vocês hoje, mas gostaria que este devocional fosse um serão à moda antiga, em que eu os chamasse para minha sala de estar, onde poderíamos ter uma conversa bem franca, como se vocês fossem os meus próprios filhos, que têm a sua idade. Provavelmente, eu começaria falando de minha filha missionária. (Não é isso que faz a maioria das mães de missionários?) Eu disse a ela, numa carta recente, que falaria hoje sobre meu amor pelas escrituras. Ela respondeu assim:
“Fiquei animada por saber que a mamãe vai falar sobre o estudo das escrituras! Acho que uma das coisas que mais mudaram em minha vida foi minha maneira de estudar as escrituras. Adoro estudar as escrituras agora. Fico muito entusiasmada toda vez que tenho chance de estudá-las. Nem sei como descrever, é como em Alma 32:38, que diz que a palavra se tornou deliciosa. Adoro as escrituras! Acho que eu gostava das escrituras, mas agora eu as adoro! Minha companheira diz que, quando estamos ensinando, ela sempre sabe quando vou abrir uma escritura, porque meus olhos brilham e, então, começo a procurar a página. Adoro responder às perguntas das pessoas com as escrituras.”
Espero que minha filha tenha a oportunidade de ouvir esta mensagem na Austrália e que fique ainda mais motivada a estudar as escrituras, se é que isso é possível. Também espero que a palavra se torne deliciosa para vocês da mesma forma que é para ela e para mim, porque as escrituras são realmente “mais desejáveis (...) do que o ouro (...) e mais doces do que o mel” (Salmos 19:10).

A Doçura das Escrituras

Lembram-se de Tevya, o leiteiro pobre que tinha cinco filhas e sonhava em ser rico, no musical Um Violinista no Telhado? O que vocês gostariam de ter se fossem ricos? Provavelmente algumas das mesmas coisas que ele desejava. Ele queria ser importante, ter uma casa grande, não ter mais que trabalhar tanto, e assim por diante. Mas esses não eram seus desejos mais profundos. Seu maior sonho, caso um dia ficasse rico, pode parecer estranho para nós. Lembram-se do que ele cantava?
“Se eu fosse rico, teria o tempo que me falta
Para sentar-me na sinagoga e orar.
E talvez me sentar junto ao muro das lamentações
E discutir os livros santos com homens instruídos, sete horas por dia.
Essa seria a mais doce de todas as coisas.”
(Letra: Sheldon Harmick, “If I Were a Rich Man”, Fiddler on the Roof, 1965.)
Se vocês fossem ricos, passariam seu tempo livre estudando os “livros santos”, ou as escrituras, várias horas por dia? Se fossem ricos, a maior alegria que poderiam imaginar seria ter mais tempo para um intensivo estudo das escrituras?
Os judeus ortodoxos consideram o estudo dos livros santos uma doce bênção e um grande privilégio. De fato, em algumas tradições judaicas, quando a criança começava seus estudos da Torá, costumavam dar-lhe um pouco de mel para que associasse sua doçura com o estudo dos livros santos. Isso visava reforçar o que está escrito em Salmos: “Quão doces são as tuas palavras ao meu paladar, mais doces do que o mel à minha boca” (Salmos 119:103).
De modo semelhante, o Salmo 19 compara as escrituras com o ouro e o mel. O salmista expressa com grande beleza sua imensa alegria na palavra do Senhor, dizendo:
“A lei do Senhor é perfeita, e refrigera a alma; o testemunho do Senhor é fiel, e dá sabedoria aos símplices.
Os preceitos do Senhor são retos e alegram o coração; o mandamento do Senhor é puro, e ilumina os olhos.
O temor do Senhor é limpo, e permanece eternamente; os juízos do Senhor são verdadeiros e justos juntamente.
Mais desejáveis são do que o ouro, sim, do que muito ouro fino; e mais doces do que o mel e o licor dos favos.
Também por eles é admoestado o teu servo; e em os guardar há grande recompensa” (Salmos 19:7–11).
Todos os termos dessa escritura — lei, testemunho, preceitos, mandamentos, temor (ou reverência) e juízos — são sinônimos da palavra do Senhor, ou das escrituras. Elas “mais desejáveis são do que o ouro, sim, do que muito ouro fino; e mais doces do que o mel e o licor dos favos”.
Às vezes, acho que deveríamos sentir-nos mais como Tevya e como minha filha missionária. Será que as escrituras nos são deliciosas — tão preciosas quanto o ouro e tão doces quanto o mel? Será que nos banqueteamos com elas, nos regozijamos e ponderamos nelas, como Néfi ensinou? (Ver 2 Néfi 4:15–16.) Será que as aplicamos à nossa vida, como Jacó aconselhou? (Ver 2 Néfi 6:5.) Será que as examinamos procurando aquilo que o Senhor nos diz especificamente, e que nos traz conversão, sabedoria, entendimento, revelação, consolo e alegria? Será que as reconhecemos como uma das bênçãos mais doces e sublimes que temos?

CONTINUA: 

http://lds.org/library/display/0,4945,538-1-3225-23,00.html

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