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”Era um daqueles dias em que nada parece dar certo. Por mais que ela corresse o tempo todo, não conseguia atender às necessidades de sua família. A vizinha, que tinha mais filhos do que ela, parecia tão animada que Délia começou a duvidar de sua própria capacidade como mulher, esposa e mãe.
Bento estava a caminho de casa com mais fome do que nunca. Tivera que dirigir 130 quilômetros a mais que o normal, porque fora necessário fazer uma entrega de equipamentos agrícolas, e agora estava cansado.
A idéia de chegar em casa parecia melhor a cada instante. Paz. Comida. Descanso.
Délia ouviu o barulho do carro de Bento e olhou para o relógio. Oh, não! Quase sete horas? E agora? Ela tentara fazer o jantar, mas (…)
Ouviu a porta abrindo e, rapidamente, colocou o frango no forno.
Bento entrou, encostou-se na parede e sorriu para Délia. Ela parecia tensa, e ele notou a mesa vazia. Fez uma pausa e respirou fundo.”
”Bento respirou fundo, sorriu para Délia e disse: ‘Parece que cheguei bem em tempo de ajudar’. A tensão que ela sentia desapareceu. Aliviada, beijou-o e disse: ‘Que bom que você chegou, Bento. Sei que teve um dia exaustivo, e eu queria que o jantar estivesse pronto!’ Apontou para a mesa vazia.
’Vamos terminá-lo juntos’, disse ele, abraçando-a. Começaram a contar um ao outro as dificuldades que enfrentaram. Enquanto Bento arrumava a mesa, Délia cuidava do frango no forno, contando ao marido como ficara sobrecarregada o dia todo. Bento esqueceu-se da fome e começou a pensar no que poderia fazer para que os dias da mulher fossem menos pesados.”
Livro de Recursos da Noite Familiar, 1983, p. 241.)
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