30 de março de 2011

NÃO SOMOS TODAS MÃES?

Não Somos Todas Mães?
SHERI L. DEW
Segunda Conselheira na Presidência Geral da Sociedade de Socorro
A  Liahona, Janeiro de 2002

“A maternidade é mais do que se dar à luz um filho. (…) É a essência de quem somos como mulheres.”
Neste verão, quatro sobrinhas e eu tivemos uma tensa noite de domingo, quando saímos de um hotel no centro da cidade que estávamos visitando, para caminhar até uma capela próxima, onde eu iria falar. Eu já havia feito aquele trajeto muitas vezes, mas naquela noite subitamente nos vimos cercadas por uma multidão de pessoas embriagadas que tinham ido assistir a um desfile. Não era um lugar adequado para quatro moças adolescentes e nem para sua tia, devo acrescentar. Mas como as ruas estavam fechadas para o trânsito, não tivemos outra escolha a não ser continuar andando. Em meio à balbúrdia, gritei para as moças: “Fiquem bem ao meu lado”. Enquanto atravessávamos aquela multidão, a única coisa que eu tinha em mente era a segurança de minhas sobrinhas.
Felizmente, conseguimos, por fim, chegar até a capela. Mas durante uma hora preocupante, compreendi melhor o que devem sentir as mães que se esquecem da própria segurança para protegerem um filho. Minhas irmãs tinham deixado as filhas sob minha responsabilidade, e eu as amo e faria qualquer coisa para conduzi-las para um lugar seguro. Da mesma forma, nosso Pai Celestial confiou a nós, mulheres, os Seus filhos e pediu-nos que os amássemos e os conduzíssemos em segurança, através dos perigos da mortalidade, de volta para nosso lar.
Amar e conduzir essas palavras resumem não apenas o trabalho do Pai e do Filho, mas também a essência do nosso trabalho, pois nosso trabalho é ajudar o Senhor em Seu trabalho. Como, então, nós, mulheres santos dos últimos dias, podemos ajudar melhor o Senhor em Seu trabalho?
Os profetas responderam muitas vezes essa pergunta, tal como o fez a Primeira Presidência há seis décadas, quando chamou a maternidade de “o mais elevado e santo serviço (…) assumido pela humanidade”. 1
Vocês já se perguntaram por que os profetas ensinaram a doutrina da maternidade — pois ela é uma doutrina — tão repetidamente? Eu já. Pensei muito e por muito tempo a respeito do trabalho das mulheres de Deus. Refleti bastante sobre o que a doutrina da maternidade significa paratodas nós. Essa questão fez-me orar, pesquisar as escrituras e ir ao templo, tudo isso ensina a exaltadora doutrina do mais importante papel que desempenhamos como mulheres. É uma doutrina sobre a qual precisamos ser claras, se esperamos permanecer “firmes e inamovíeis” 2em relação às questões que estamos constantemente enfrentando como mulheres, pois Satanás declarou guerra à maternidade. Ele sabe que a mão que embala o berço pode abalar seu império terreno. E sabe que sem mães dignas, que amem e conduzam a próxima geração, o reino de Deus irá fracassar.
Quando compreendemos a magnitude da maternidade, vemos claramente por que os profetas foram tão zelosos em relação ao papel mais sagrado da mulher. Embora nós tenhamos a tendência de igualar a maternidade ao ato de dar à luz um filho, na línguagem do Senhor a palavra mãe tem muitos significados. De todas as palavras que eles poderiam ter escolhido para definir seu papel e sua essência, tanto Deus, o Pai, quanto Adão chamaram “Eva de mãe de todos os viventes” 3 , e fizeram isso antes que ela tivesse tido um filho. Tal como aconteceu com Eva, nossa maternidade começou antes de nascermos. Assim como os homens justos foram preordenados para possuir o sacerdócio na mortalidade, 4 as mulheres justas receberam antes da mortalidade o privilégio da maternidade. 5 A maternidade é mais do que dar à luz um filho embora isso certamente esteja incluído. É a essência de quem somos como mulheres. Ela define nossa própria identidade, nossa condição e natureza divinas, e as características especiais que nosso Pai nos concedeu.
O Presidente Gordon B. Hinckley declarou que “Deus plantou algo de divino nas mulheres”. 6 Esse algo é o dom da maternidade e os dons da mulher em seu papel como mãe. O Élder Matthew Cowley ensinou que “os homens precisam receber algo [na mortalidade] para tornarem-se salvadores de homens, mas as mães e as mulheres, não. [Elas] nascem com um direito inato, uma autoridade inata de serem salvadoras de almas humanas (…) e a força regeneradora na vida dos filhos de Deus”. 7
A maternidade não foi algo que sobrou depois que nosso Pai abençoou Seus filhos com a ordenação ao sacerdócio. É a mais exaltadora investidura que Ele poderia ter dado a Suas filhas, uma responsabilidade sagrada que proporcionou às mulheres um papel inigualável na obra de ajudar Seus filhos a guardarem seu segundo estado. Conforme declarou o Presidente J. Reuben Clark Jr., a maternidade é “um chamado divino, tão eternamente importante em sua esfera quanto o sacerdócio”. 8
Não obstante, o assunto da maternidade é muito delicado, pois evoca algumas das maiores alegrias e tristezas da vida. Foi assim desde o princípio. Eva “alegrou-se” depois da Queda, percebendo que de outra forma “jamais [teriam] tido semente”. 9 Mas imaginem sua angústia em relação a Caim e Abel. Algumas mães sofrem por causa dos filhos que geraram; outras sofrem por não gerarem filhos nesta vida. A esse respeito o Élder John A. Widtsoe foi bem claro: “As mulheres que por motivos alheios à sua vontade não puderem exercer diretamente o dom da maternidade, poderão fazê-lo vicariamente”. 10
Por razões que só o Senhor conhece, algumas mulheres precisam esperar para ter filhos. Essa espera não é fácil para nenhuma mulher digna. Mas o cronograma do Senhor para cada uma de nós não nega nossa natureza. Algumas de nós, portanto, precisam simplesmente encontrar outras maneiras de nos tornarmos mãe. E ao nosso redor existem muitos que precisam ser amados e conduzidos.
Eva estabeleceu o padrão. Além de gerar filhos, ela tornou-se mãe de toda a humanidade ao tomar a decisão mais corajosa já tomada por uma mulher. Com Adão, ela abriu o caminho para que pudéssemos progredir. Ela foi um exemplo de mulher a ser respeitado pelos homens e seguido pelas mulheres, ilustrando as características com as quais todas nós fomos dotadas: fé heróica, aguçada sensibilidade ao Espírito, aversão ao mal e total altruísmo. Tal como o Salvador, “o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz” 11 , Eva, pela alegria de ajudar a dar início à família humana, suportou a Queda. Ela nos amou a ponto de ajudar a conduzir-nos.
Como filhas de nosso Pai Celestial e como filhas de Eva, todas somos mães e sempre fomos mães. E cada uma de nós tem a responsabilidade de amar e ajudar a conduzir a nova geração. Como nossas jovens irão aprender a viver como mulheres de Deus a menos que vejam como são as mulheres de Deus, isto é — como nos vestimos, o que assistimos e o que lemos; como ocupamos nosso tempo e nossa mente; como enfrentamos a tentação e a incerteza; onde encontramos verdadeira alegria e por que o recato e a feminilidade são as características marcantes das mulheres justas? Como nossos rapazes aprenderão a valorizar as mulheres de Deus se não lhes mostramos a virtude de nossas virtudes?
Cada uma de nós tem a suprema obrigação de ser um exemplo de mulher justa, porque nossos jovens talvez não encontrem esse exemplo em nenhum outro lugar. Toda irmã da Sociedade de Socorro, que é a mais importante comunidade de mulheres deste lado do véu, tem a responsabilidade de ajudar nossas moças a fazer uma transição agradável para a Sociedade de Socorro. Isso significa que nossa amizade precisa começar muito antes de elas completarem dezoito anos. Todas podemos ser mãe de alguém, começando por nossa própria família, mas não se limitando a ela. Todas podemos mostrar por palavras e ações que o trabalho das mulheres no reino do Senhor é magnífico e santo. Repito: Somos todas mães em Israel, e nosso chamado é o de amar e ajudar a conduzir a próxima geração através das perigosas ruas da mortalidade.
Poucas de nós atingiríamos nosso potencial sem os cuidados da mãe que nos deu à luz e das mães que têm paciência conosco. Fiquei emocionada recentemente ao rever uma das minhas líderes de jovens que não via há muito tempo. Quando eu era uma adolescente sem nenhuma autoconfiança, ficava sempre junto daquela mulher, porque ela colocava o braço em meu ombro e dizia: “Você é mesmo a melhor das moças!” Ela me amava, por isso deixei que ela me conduzisse. Quantas moças e rapazes estarão desesperadamente necessitados do amor e liderança que vocêspodem oferecer? Será que compreendemos plenamente que nossa influência como mães em Israel é insubstituível e eterna?
Quando eu estava crescendo, não era incomum que minha mãe me acordasse no meio da noite e dissesse: “Sheri, pegue seu travesseiro e vá lá para baixo”. Eu sabia o que isso significava. Era um tornado que estava-se aproximando, e eu imediatamente ficava com medo. Mas então, minha mãe dizia: “Sheri, tudo vai ficar bem”. Suas palavras sempre me acalmavam. Hoje, décadas depois, sempre que a vida parece assoberbante e assustadora, telefono para minha mãe e espero que ela diga: “Tudo ficará bem”.
Os terríveis acontecimentos que ocorreram recentemente nos Estados Unidos ressaltaram que estamos vivendo em um mundo de incertezas. Jamais houve tamanha necessidade de mães justas: Mães que abençoem os filhos com um senso de segurança, proteção e confiança no futuro; mães que ensinem aos filhos onde podem encontrar paz e verdade, que o poder de Jesus Cristo é sempre mais forte que o poder do adversário. Toda vez que edificamos a fé e reforçamos a nobreza de uma moça ou rapaz, toda vez que amamos ou conduzimos alguém, mesmo que seja por um pequeno passo no caminho, estamos sendo fiéis à nossa investidura e a nosso chamado como mães, e com isso edificamos o reino de Deus. Nenhuma mulher que compreenda o evangelho jamais poderia considerar outro trabalho mais importante ou dizer: “Sou apenas uma mãe”, porque as mães curam a alma dos homens.
Olhem à sua volta. Quem precisa de vocês e de sua influência? Se quisermos realmente fazer algo digno de nota, devemos exercer nosso papel de mãe em relação aos filhos que dermos à luz e àqueles que estivermos dispostas a ensinar e guiar com paciência. Se estivermos sempre ao lado de nossos jovens — ou seja, se os amarmos — na maioria dos casos eles ficarão ao nosso lado — ou seja, deixarão que nós osconduzamos.
Como mães em Israel, nós somos a arma secreta do Senhor. Nossa influência provém de uma investidura divina que nos foi concedida desde o princípio. No mundo pré-mortal, quando o Pai descreveu nosso papel, imagino que ficamos maravilhadas ao saber que Ele nos abençoaria com uma responsabilidade tão sagrada e tão importante em Seu plano, e que nos concederia dons essenciais para que amássemos e conduzíssemos Seus filhos. Imagino que devemos ter gritado de alegria 12 em parte por causa da elevada condição que Ele nos proporcionou em Seu reino. O mundo não nos dirá isso, mas o Espírito, sim.
Não podemos desapontar o Senhor. E se chegar um dia em que venhamos a ser as únicas mulheres da Terra que consideram a maternidade nobre e divina, não importa, porque mãe será a palavra que definirá uma mulher justa que se tornou perfeita no mais alto grau do reino celestial, uma mulher que se qualificou para ter progresso eterno em descendência, sabedoria, alegria e influência.
Sei, sei com certeza, que essas doutrinas sobre nosso divino papel são verdadeiras e que, quando compreendidas, elas trarão paz e propósito a todas as mulheres. Minhas queridas irmãs a quem amo mais do que consigo expressar, ficarão à altura do desafio de serem mães nestes tempos perigosos, embora isso venha a prová-las até o limite de sua resistência, coragem e fé? Permanecerão constantes e imutáveis como mães em Israel e mulheres de Deus? Nosso Pai e Seu Filho Unigênito concederam-nos uma sagrada mordomia e uma coroa sagrada em Seu reino. Que possamos nos regozijar com isso. E que sejamos dignas de Sua confiança. Em nome de Jesus Cristo. Amém.

Presidente Monson e Jose de Alencar

Que  lindo...quando o Presidente Monson esteve aqui no Brasil...Zé Alencar(Era assim chamado carinhosamente por todos...)solicitou uma oração para ele e para o nosso País...Élder Nelson...renomado Cirurgião Cardiologista,estava tb presente e era conhecido do Médico que realizou 2 Cirurgias no nosso ex Vice Presidente...Momento Celeste...momento Divino! via Márcio Nunes

29 de março de 2011

28 de março de 2011

CHAVES DO REINO DOS CÉUS

UMA SEMANA DEPOIS DE  AS CHAVES DO REINO SEREM PROMETIDAS A PEDRO, ELE, TIAGO E JOÃO FORAM TESTEMUNHAS DA TRANSFIGURAÇÃO DO SALVADOR E RECEBERAM CONHECIMENTO E CHAVES IMPORTANTES.

PEDRO E AS CHAVES


"Na Conferência de Área de Copenhague, Dinamarca, realizada de 3 a 5 de agosto de 1976, o Presidente Spencer W.  Kimball  foi  admirar as lindas escultura[s]  ( ... ) de Thorvaldsen. ( ... ) Após alguns momentos de reflexão espiritual, o Presidente Kimball prestou testemunho ao encarregado de sua guarda.
Voltando-se para a estátua de Pedro, apontou para o grande molho de chaves em sua mão direita e proclamou: 'As chaves da autoridade do sacerdócio que Pedro possuía como Presidente da Igreja agora estão comigo como Presidente da Igreja nesta dispensação'. A seguir, afirmou ao encarregado: 'O senhor trabalha todos os dias com apóstolos de pedra, mas hoje está na presença de apóstolos vivos'. A seguir, apresentou o Presidente Tanner e os Élderes Thomas S.  Monson e Boyd K. Packer. Entregou ao encarregado um Livro de Mórmon em dinamarquês e  testificou-lhe do Profeta Joseph Smith. O homem chegou  a chorar de emoção, sentindo o Espírito da presença de um profeta e apóstolos. Ao deixarmos a igreja, ele me confidenciou: 'Hoje estive na presença de  servos de Deus"'.                                                                              Élder Robert D.Hales,
Quórum dos Doze (A  Liahona,  fevereiro de 1982, p. 36.)

JESUS E A MULTIPLICAÇÃO DOS PÃES

 NO SEU MINISTÉRIO GALILEU, JESUS ALIMENTOU OS CINCO MIL , PROFERIU O SERMÃO DO PÃO DA VIDA E DECLAROU QUE  ELE É O VERDADEIRO PÃO DA VIDA E QUE OS HOMENS DEVEM PREOCUPAR-SE MAIS COM AS NECESSIDADES ESPIRITUAIS DO QUE COM AS FÍSICAS. ESSA DOUTRINA FEZ COM QUE MUITOS DOS QUE ESTAVAM LÁ O ABANDONASSEM E NÃO  MAIS O SEGUISSEM.

ALGUM TEMPO DEPOIS JESUS SAIU DO MAR DA GALILÉIA E INDO PARA DECÁPOLIS – QUE ERA UMA ÁREA A LESTE DO MAR DA GALILÉIA  AONDE VIVIAM MUITOS GENTIOS.E REALIZOU O MILAGRE DA MULTIPLICAÇÃO  DOS 4000 PÃES, E EXISTE UMA DIFERENÇA E UM PROPÓSITO  ENTRE ESSES DOIS MILAGRES.

A multidão permaneceu junto de Jesus por três dias, e quando chegou a hora de partir, Jesus não quis despedi-los com fome. Que milagre Ele realizou para aquelas pessoas? (Ver Mateus 15:32–38.)
 Esse milagre foi diferente do anterior, quando alimentou 5.000 pessoas (Mateus 14:15–21), porque muitas daquelas pessoas eram gentias.
                                                                                                                 O Élder Bruce R. McConkie explicou que ao alimentar os 5.000 Jesus estava “estabelecendo os fundamentos de Seu incomparável sermão a respeito do pão da vida”. (João 6:22–69; ) QUANDO MAIS TARDE  alimentou os 4.000, JESUS ESTAVA ensinando simbolicamente que no futuro o pão vivo seria oferecido às nações gentias. 

27 de março de 2011

23 de março de 2011

Homens do Sacerdócio - Música dos Rapazes

HISTÓRIA DO HINO DO FUNERAL DO PROFETA HINCKLEY

Recebi na época,  logo após a morte dele e estou compartilhando.
Beijos

Dade


A tradução do título da música é "O que é essa coisa chamada morte?"



"Durante o funeral do Presidente Hinckley, o Coro do Tabernáculo cantou
um hino cuja letra, de autoria do próprio Presidente Hinckley, eu musiquei em
dezembro. Eu gostaria
de compartilhar a história com vocês."
Janice Kapp Perry




Minha sobrinha Kathy Blacker, cerca de dois meses antes de falecer – em 11 de janeiro de 2008

–, encontrou, entre seus arquivos, um poema de três estrofes escrito pelo Presidente Hinckley. Apesar de estar conformada com sua morte, ela tinha alguns medos a respeito do processo de morrer e as palavras dele a confortaram grandemente – especialmente a segunda estrofe na qual ele descrevia exatamente
o que ela estava sentindo. Ela escreveu para o escritório do Presidente Hinckley pedindo permissão para que o poema fosse publicado em seu “santinho”.
Ela recebeu uma carta muito simpática do secretário do Presidente, Don H. Staheli, dizendo que seu pedido fora aceito. A carta também transmitia algumas palavras de conforto do Pres. Hinckley, que foram de grande ajuda à Kathy em suas semanas finais, e dizia que ele se lembraria dela em suas orações.
Então Kathy sugeriu que eu escrevesse e pedisse permissão para dar ao poema uma melodia dentro do gênero hino. Eu assim o fiz. O irmão Staheli me transmitiu a permissão do Presidente Hinckley.


Depois de fazer algumas sinceras orações, pedindo capacidade para escrever a música apropriada para uma letra tão bela e tocante, escrevi a melodia do hino e enviei uma cópia, no final de dezembro, ao escritório do Presidente Hinckley

para aprovação. Recebi resposta imediata.
Kathy faleceu dia 11 de janeiro e, após seu funeral, enviei uma cópia do “santinho” para o escritório do Presidente Hinckley a fim de que ele pudesse ver quão aprazível ficou ver seu poema publicado ao lado da pintura de Cristo que meu irmão, Gary Kapp, fizera.
Quando soube que o Presidente Hinckley faleceu na noite do último domingo, fiquei um pouco triste de pensar que eu não recebera uma carta com sua permissão oficial.
Porém, no dia seguinte ao seu falecimento, a tão esperada carta de aprovação chegou. Ele me permitira publicar o hino em um volume futuro da minha série “Novos Hinos Inspiradores para Coro e Lar” (Inspirational New Hymns for Choir and Home) e deixara para mim a decisão de remetê-lo ou não à Divisão de Música da Igreja.
Era uma ocasião tão rara! E eu fiquei extremamente grata por receber a carta como uma terna misericórdia na minha vida.


Então, na tarde da segunda-feira, Craig Jessop, o Diretor do Coro do Tabernáculo, ouviu falar do hino e pediu que me ligassem do seu escritório para obter uma cópia do hino, tendo em vista o funeral do Presidente Hinckley. Na terça-feira, enquanto viajando na Califórnia, fiquei sabendo que o hino seria apresentado no sábado pelo Coro do Tabernáculo, no funeral do Presidente Hinckley.

Tendo presenciado o grande conforto que este hino trouxe à minha sobrinha que morreu apenas duas semanas antes do Presidente Hinckley falecer, o meu grande desejo é que as pessoas por todo o mundo tenham uma cópia gratuita destas magníficas palavras do Presidente Hinckley, para confortá-las em momentos de perda de entes queridos.
Esta é apenas mais uma maneira pela qual a influência do Presidente Hinckley
pode ser sentida através do tempo.

Janice Kapp Perry

O QUE É ESSA COISA QUE OS HOMENS CHAMAM DE MORTE?FUNERAL PRESIDENTE GORDON B. HINCKLEY

O QUE É ESSA COISA QUE OS HOMENS CHAMAM DE MORTE?

Letra de Gordon B. Hinckley / Música de Janice Kapp Perry

1 - O que é essa coisa que os homens chamam de morte?
Essa quieta passagem durante a noite...
Não é o fim, mas o começo
De mundos melhores e luz superior

2 - Ó, Deus, toque meu dolorido coração
E acalme meus problemáticos e assustadores temores
Permita que a esperança e a fé, transcendentes, puras,
Dêem(-me) força e paz, além das minhas lágrimas.

3 - Não há morte, apenas mudança
Com a recompensa da vitória alcançada
O dom Dele, que amou todos os homens,
O Filho de Deus, o Santo.

"What's Is This Thing Called Death," Mormon Tabernacle Choir

21 de março de 2011

O PREÇO DE UM FILHO .wmv

MOTIVAÇÃO - RUSSELL WATSON, YOU RAISE ME UP LEGENDADO.wmv

EU SOU O PÃO DA VIDA - JOÃO 6:35 - SUD

ANDANDO SOBRE O MAR

                                                                                                                                                                                      Depois que o Salvador deixou a multidão
A comentar dos pães a multiplicação,
Subiu ao monte e, ali, ficou a contemplar
A beleza do céu e a poesia do mar,
Sentindo o coração pulsando confortado
Pelo grande milagre há pouco realizado,
Sabendo que o fizera apenas pelo amor
Que sempre dedicara ao pobre pecador,                                                                                                                                                        
Fazendo reflorir na paz e na alegria,
A vida que murchava à dor de cada dia,
E fazendo brotar, numa festa de rosas,
Os tristes corações e as almas dolorosas...
E foi talvez ali, naquela solidão,
Que Jesus recitou a mais doce oração...                                                                                                                                                               
Caía a tarde. Ao longe, um barco navegava;
Soprava a ventania, o mar se revoltava
E as ondas a rolar, ameaçadoramente,
Pareciam querer tragá-lo, de repente...

Os discípulos seus estavam lá – coitados! –
Pelo negro terror da morte dominados...
Pescadores leais – homens do mar – como eram,
Diante da tempestade eles logo souberam
Que já não lhes restava a mais leve esperança...
Tudo estava perdido, a não ser que a bonança,
Por milagre de Deus, não tardasse demais...                                                                                                                                                                 
E Jesus, que do monte os contemplava em ais,
Moveu-se de piedade e veio, devagar,
Leve, como a virtude, andando sobre o mar...

Quadro maravilhoso aquele! Quadro lindo
Que o tempo consagrou com seu valor infindo!
Nem as famosas mãos dos grandes escultores
Nem o gênio dos mais afamados pintores
Poderiam gravar, no mármore ou na tela,
Aquela aparição divinamente bela:
- O céu encapelado, o céu a lampejar
E Jesus, muito leve, andando sobre o mar.                                                                                                                                                           

No seu medo, porém, os discípulos vêem
Apenas um fantasma a lhes surgir do Além.
Mas, tal como a bonança esplendorosa e pura,
A voz do Salvador soou-lhes com doçura:
- “Não temais, que sou Eu! Tende ânimo, porque
O Pai, que tudo sabe, o Pai que tudo vê,
Sentiu a vossa angústia, ouviu vossa oração
E vos mandou, por mim, a sua redenção.”

Então Pedro exclamou: - “Se és tu, ó Mestre amigo,
Se és tu mesmo, Senhor, manda-me ir ter contigo!”
E Ele lhe disse: - “Vem!”

Pedro seguiu, mas logo
Vacilando, gritou – “Senhor, eis que me afogo!
Ó salva-me, Senhor!”



E o Mestre o segurou
E, muito paternal e calmo, lhe falou:
- “Por que tu duvidaste, homem de pouca fé?
Tem ânimo! levanta e firma-te de pé!
Pois aquele que crê e é salvo pela graça
Pode ordenar ao vento... e a tempestade passa...”

E, entrando ambos no barco, o mar ficou sereno,
Como a própria expressão do Nazareno...
O céu torna-se azul; cessou do vento o açoite;
E a lua, que surgiu para o esplendor da noite,
Era a coroa astral de Deus no firmamento,
E o símbolo de luz do Novo Testamento...

E os discípulos vão, agradecidamente,
No íntimo elevando aos céus a prece ardente,
Libertos afinal do peso das agruras,
Aprendendo do Mestre, à luz das Escrituras,
As mais belas lições e os conselhos mais sábios,
Sentindo os corações sem mágoas nem ressábios:
Claros – como o esplendor balsâmico do luar,
Leves – como Jesus andando sobre o mar.

Poema de Mário Barreto França

Do livro Sob os Céus da Palestina, Ed. Juerp: Rio de Janeiro, 1971
Escola Dominical- Complemento para a  Aula 12: Eu sou o Pão da Vida/Dade  20/03/2011

20 de março de 2011

AS FLORES QUE ESTOU DEVENDO PRÁ VOCÊ!

A CHUVA NÃO ATRAPALHA O CARINHO QUE SINTO POR VOCÊ!
OBRIGADA PELA SUA VISITINHA!
BJKS
Dade






16 de março de 2011

QUER UM BOM CAMINHO PARA SEGUIR?

JÁ FEZ SUA ORAÇÃO HOJE?

Imagem

“A oração é a sua chave pessoal do céu. A fechadura fica do seu lado do véu.”
Mas isso não é tudo. Para aqueles que acham que a revelação vai fluir
sem nenhum es
forço, o Senhor disse:
“Eis que não compreendeste; supuseste que eu o concederia a ti, quando nada fizeste a não ser pedir-me. Mas eis que eu te digo que deves estudá-lo bem em tua mente ; depois me deves perguntar se está certo e, se estiver certo, farei arder dentro de ti o teu peito; portanto sentirás que está certo.”
Doutrina e Convênios 9:8
Presidente Boyd K.Packer
A Liahona abril de 2010


15 de março de 2011

O PÃO DA VIDA



O Pão Nosso de Cada Dia Nos Dá Hoje
Élder D. Todd Christofferson
Quórum dos Doze Apóstolos
Serão do SEI para Jovens Adultos • 9 de janeiro de 2011 • Universidade Brigham Young

Nós, adultos mais velhos, incluindo pais, líderes da Igreja, professores e amigos, com frequência os aconselhamos a planejar para o futuro. Incentivamos vocês a estudar e a adquirir instrução profissional como preparação para a vida nos anos vindouros. Nós os instamos a estabelecer um alicerce para o casamento e a família, e a colocar em prática esses planos. Acautelamos vocês a pensar nas possíveis consequências futuras ao tomarem decisões sobre o que fazer hoje (por exemplo, o que colocam na Internet). Aconselhamos vocês a pensar em como conseguir sucesso na vida e depois a estabelecer padrões e práticas que os levarão a esse sucesso.


Tudo isso expressa um curso sábio e prudente na vida, e no que vou dizer-lhes hoje, não menosprezo de modo algum a importância de se pensar e planejar com antecedência. A preparação e o planejamento ponderados são o ponto-chave para um futuro recompensador, porém não vivemos no futuro, mas, sim, no presente. É no dia a dia que executamos nossos planos para o futuro, é no dia a dia que atingimos nossas metas. É no dia após dia que criamos e educamos nossa família. É no dia após dia que vencemos as imperfeições. Perseveramos com fé até o fim, um dia por vez. É o acúmulo de muitos dias bem vividos que totaliza uma vida plena e uma pessoa piedosa. Portanto, gostaria de falar-lhes sobre como viver bem dia após dia.



Rogar a Deus o que É Necessário a Cada Dia

Lemos em Lucas que um dos discípulos pediu a Jesus: “Senhor, ensina-nos a orar, como também João ensinou aos seus discípulos” (Lucas 11:1). Jesus deu-lhes então um padrão de oração que ficou conhecido como o Pai Nosso. O mesmo está registrado em Mateus como parte do Sermão da Montanha (ver Mateus 6:9–13).
No Pai Nosso está incluído o pedido: “O pão nosso de cada dia nos dá hoje” (Mateus 6:11), ou em Lucas: “Dá-nos cada dia o nosso pão cotidiano” (Lucas 11:3). Creio que todos prontamente reconhecemos que a cada dia temos necessidades com as quais desejamos que o Pai Celestial nos ajude a lidar. Para alguns, em certos dias, trata-se literalmente do pão, ou seja, do alimento necessário para o sustento naquele dia. Pode também ser a força espiritual e física para lidar com mais um dia de enfermidade crônica ou com uma reabilitação dolorosamente lenta. Em outros casos, podem ser necessidades menos tangíveis, tais como coisas relacionadas às obrigações pessoais ou às atividades cotidianas, dar uma aula ou fazer um exame, por exemplo.
Jesus ensina a nós, Seus discípulos, que devemos buscar em Deus a cada dia o pão — a ajuda e o sustento — de que precisamos naquele dia específico. Isso é condizente com o conselho de “orar sempre e não desfalecer; e nada deveis fazer para o Senhor sem antes orar ao Pai, em nome de Cristo, para que ele consagre para vós a vossa ação, a fim de que a vossa ação seja para o bem-estar de vossa alma” (2 Néfi 32:9).


O convite do Senhor de que busquemos nosso pão de cada dia das mãos de nosso Pai Celestial fala de um Deus amoroso, ciente até das pequenas necessidades diárias de Seus filhos, e ansioso para ajudá-los, um por um. Ele diz que podemos pedir com fé àquele Ser “que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto” (Tiago 1:5). Isso é, sem dúvida, tremendamente tranquilizador, mas há algo em ação aqui que é bem mais significativo do que apenas a ajuda para a sobrevivência diária. Ao buscarmos e recebermos o pão divino diariamente, nossa fé e confiança em Deus e em Seu Divino Filho cresce.

Nutrimos a Fé Rogando a Deus Diariamente Nossas Necessidades



Vocês devem lembrar-se do grande êxodo das tribos de Israel do Egito e dos 40 anos no deserto antes de entrarem na terra prometida. Aquela imensa multidão de mais de um milhão de pessoas tinha de ser alimentada. Sem dúvida aquele grande número de pessoas em um só lugar não poderia subsistir da caça, e seu estilo de vida seminômade na época não era condizente com a lavoura e a pecuária, em qualquer quantidade significativa. Jeová solucionou esse problema provendo milagrosamente o pão de cada dia do céu: o maná. Aquela pequena substância comestível que aparecia no chão a cada manhã era algo novo e desconhecido. O nome maná, na verdade, deriva de palavras que significam: “O que é isso?” Por intermédio de Moisés, o Senhor instruiu o povo a coletar a cada dia o suficiente para o dia, exceto na véspera do sábado, quando deviam coletar o suficiente para dois dias.
A princípio, apesar das instruções específicas de Moisés, eles tentaram coletar mais do que o suficiente para um dia, e guardar o excedente:
“E disse-lhes Moisés: Ninguém deixe dele para amanhã.
Eles, porém, não deram ouvidos a Moisés, antes alguns deles deixaram dele para o dia seguinte; e criou bichos, e cheirava mal” (Êxodo 16:19–20).
Conforme prometido, porém, quando coletaram o dobro da quantidade diária normal de maná no sexto dia, ele não estragou:
“E guardaram-no até o dia seguinte, como Moisés tinha ordenado; e não cheirou mal nem nele houve algum bicho.
Então disse Moisés: Comei-o hoje, porquanto hoje é o sábado do Senhor; hoje não o achareis no campo.
Seis dias o colhereis, mas o sétimo dia é o sábado; nele não haverá” (Êxodo 16:24–26).
Novamente, porém, alguns não acreditaram sem ver, e tentaram coletar maná no sábado.
“Então disse o Senhor a Moisés: Até quando recusareis guardar os meus mandamentos e as minhas leis?
Vede, porquanto o Senhor vos deu o sábado, portanto ele no sexto dia vos dá pão para dois dias; cada um fique no seu lugar, ninguém saia do seu lugar no sétimo dia” (Êxodo 16:28–29).
Parece que até na antiguidade, tal como hoje, havia algumas pessoas que não conseguiam deixar de fazer compras no Dia do Senhor.


Provendo o sustento diário, um dia por vez, Jeová estava tentando ensinar fé a uma nação que ao longo de um período de 400 anos tinha perdido grande parte da fé que seus pais tinham. Ele os estava ensinando a confiar Nele, a buscá-Lo em cada pensamento; a não duvidar, e não temer (ver D&C 6:36). Estava lhes provendo o suficiente para um dia a cada vez. Exceto no sexto dia, eles não podiam armazenar o maná para usá-lo no dia seguinte. Basicamente, os filhos de Israel tinham que andar com Ele naquele dia e confiar que Ele lhes daria uma quantidade suficiente de alimento para outro dia, no dia seguinte, e assim por diante. Desse modo, Ele nunca estava muito longe do pensamento e do coração deles.
Devemos notar, a propósito, que aqueles 40 anos de maná não eram para se tornar um auxílio-desemprego. Assim que as tribos de Israel se tornaram capazes de sustentar-se, foi-lhes exigido que o fizessem. Depois de cruzarem o Rio Jordão e de estarem preparados para iniciar a conquista de Canaã, começando por Jericó, as escrituras registram que “depois da páscoa, nesse mesmo dia, comeram, do fruto da terra [ou seja, a colheita do ano anterior]. (…)
E cessou o maná no dia seguinte, depois que comeram do fruto da terra, e os filhos de Israel não tiveram mais maná; porém, no mesmo ano comeram dos frutos da terra de Canaã” (Josué 5:11–12).
Da mesma forma, quando rogamos a Deus nosso pão de cada dia — pedindo ajuda no momento em que não podemos provê-lo — ainda assim precisamos fazer e prover ativamente o que estiver ao nosso alcance.



Confiar no Senhor — As Soluções Podem Vir Depois de um Tempo

Antes de eu ser chamado como Autoridade Geral, tive problemas financeiros por vários anos. Isso não aconteceu devido às más ações ou à má vontade de ninguém, mas foi apenas uma daquelas coisas que às vezes acontecem em nossa vida. Tornavam-se ora mais ora menos sérios e urgentes, mas nunca sumiram completamente. Às vezes, esse desafio ameaçava o bem-estar da minha família, e achei que poderíamos ficar financeiramente arruinados. Orei para que alguma intervenção milagrosa nos salvasse. Embora eu tivesse orado muitas vezes com grande sinceridade e anseio, a resposta no final era: “Não”. Por fim, aprendi a orar como fez o Salvador: “Todavia não se faça a minha vontade, mas a tua” (Lucas 22:42). Busquei a ajuda do Senhor a cada pequeno passo ao longo do caminho até a solução final.
Houve momentos em que exauri todos os meus recursos, em que não tinha para onde ir nem a quem recorrer, em que simplesmente não havia outro ser humano que pudesse me ajudar. Sem ter outro recurso, mais de uma vez caí de joelhos diante do Pai Celestial, implorando com lágrimas a Sua ajuda. E Ele me ajudou. Às vezes não passava de um sentimento de paz, um sentimento de certeza de que as coisas dariam certo. Podia ser que eu não visse como ou qual seria a saída, mas Ele me fez saber, direta ou indiretamente, que abriria um caminho. A situação mudava, uma ideia nova e útil me vinha à mente, uma renda inesperada ou outro recurso aparecia bem no momento certo. De alguma forma, havia uma solução.


Embora eu tenha sofrido, quando merecordo, sinto-me grato por não ter havido uma solução rápida para meu problema. O fato de eu ter sido obrigado a voltar-me a Deus para pedir ajuda quase diariamente durante um longo período de anos ensinou-me realmente a orar e a ouvir a resposta de minhas orações, e ensinou-me de modo bem prático a ter fé em Deus. Aprendi a conhecer meu Salvador e meu Pai Celestial de um modo e em um nível que talvez nunca teria acontecido de outra forma ou que teria levado bem mais tempo para alcançar. Aprendi que o pão de cada dia é um bem precioso. Aprendi que o maná de hoje pode ser tão real quanto o maná tangível da história bíblica. Aprendi a confiar no Senhor de todo o coração. Aprendi a andar com Ele dia a dia.



Trabalhar com um Problema em Porções Pequenas e Diárias

O fato de pedirmos a Deus nosso pão de cada dia, em vez de nosso pão semanal, mensal ou anual, também é um meio de enfocar as porções menores e mais administráveis de um problema. Quando lidamos com algo muito grande, pode ser que tenhamos de trabalhar nele em porções pequenas e diárias. Às vezes tudo o que podemos fazer é lidar com um dia (ou mesmo só uma parte de um dia) por vez. Deixem-me dar-lhes um exemplo que não está nas escrituras.
Li recentemente um livro intitulado O Único Sobrevivente, que conta a trágica história de uma equipe de quatro integrantes da força de operações especiais da marinha dos Estados Unidos, em missão secreta numa área isolada do Afeganistão, há cinco anos e meio. Quando foram inesperadamente descobertos por pastores — dois homens e um menino — aqueles soldados especialmente treinados tiveram que decidir entre matá-los ou deixá-los ir, sabendo que se vivessem, revelariam a localização da equipe, e que eles seriam imediatamente atacados pelas forças da al Qaeda e do Talibã. Mesmo assim, deixaram os pastores inocentes ir, e na luta armada que se seguiu, somente o autor, Marcus Luttrell, sobreviveu ao ataque de mais de 100 soldados inimigos.
No livro, Luttrell conta o treinamento exaustivo e a resistência exigidos para integrar as forças especiais da marinha americana. No grupo de treinamento de Luttrell, por exemplo, dos 164 que começaram, somente 32 conseguiram concluir o curso. Suportaram semanas de constante esforço físico, dentro e fora das águas geladas do mar, nadando, remando e carregando botes infláveis, correndo pela areia, fazendo centenas de flexões, carregando toras por uma pista de obstáculos e assim por diante. Estavam em um estado quase perpétuo de exaustão.


Fiquei impressionado com algo que um oficial mais graduado disse ao grupo, quando começaram a fase final e mais desgastante do treinamento.
“Primeiro de tudo”, disse ele, “não quero que cedam à pressão do momento. Sempre que estiverem muito doloridos, aguentem firme. Terminem o dia. Depois, se ainda se sentirem mal, pensem muito bem antes de decidirem desistir. Em segundo lugar, vivam um dia por vez. Uma [fase] por vez.
Não deixem que seus pensamentos os façam desistir, não comecem a pensar em desertar por se preocuparem com o futuro e com quanto irão suportar. Não olhem para além da dor. Simplesmente terminem o dia, e terão uma carreira maravilhosa diante de vocês.”1
Geralmente é bom tentar antecipar o que está por vir e preparar-se para lidar com isso. Às vezes, porém, o conselho daquele capitão é muito sábio: “Vivam um dia por vez. (…) Não olhem para além da dor. Simplesmente terminem o dia”. A preocupação com o que há de vir ou de acontecer pode debilitar-nos. Pode paralisar-nos e fazer-nos desistir.


Na década de 1950, minha mãe sobreviveu a uma cirurgia radical de câncer, mas por mais difícil que tenha sido, depois disso vieram dezenas de sessões de radioterapia no que hoje seriam consideradas condições médicas muito primitivas. Ela conta que sua mãe lhe ensinou algo naquela época que a ajudou muito a partir dali: “Eu estava tão fraca e doente, que disse a ela um dia: ‘Oh, mãe, não vou suportar mais dezesseis sessões assim’. Ela perguntou: ‘Consegue aguentar a de hoje?’ ‘Sim.’ ‘Bem, querida, isso é tudo o que você tem que fazer hoje.’ Algo que me ajudou em muitas ocasiões foi lembrar de viver um dia ou uma coisa por vez”.


O Espírito pode mostrar-nos quando olhar adiante e quando devemos lidar apenas com o dia de hoje, com o momento atual. Se pedirmos, o Senhor nos fará saber, por intermédio do Espírito Santo, quando pode ser conveniente aplicar em nossa vida o mandamento que Ele deu a Seus antigos apóstolos: “Portanto não vos preocupeis com o dia de amanhã, porque o dia de amanhã se preocupará com suas próprias coisas. Basta a cada dia o seu mal” (3 Néfi 13:34; ver também Mateus 6:34).



O “Pão Nosso de Cada Dia” de Deus É Necessário para Atingirmos Nosso Potencial

Sugeri que pedir e receber o pão de cada dia das mãos de Deus é uma parte vital do processo de aprender a confiar em Deus e de suportar os desafios da vida. Também precisamos de uma porção diária do pão divino para tornar-nos o que precisamos nos tornar. O processo de arrepender-nos, de melhorar e, por fim, de atingir “a medida da estatura completa de Cristo” (Efésios 4:13), como disse Paulo, é gradual. A incorporação de hábitos novos e saudáveis em nosso caráter ou a superação de maus hábitos ou vícios muito frequentemente significa um esforço diário seguido de outro no dia seguinte, e depois outro, talvez por muitos dias, ou até meses e anos, até que a vitória seja alcançada. Mas podemos fazê-lo, porque podemos recorrer a Deus para nosso pão de cada dia, para a ajuda necessária a cada dia.
Esta é a época das resoluções de Ano Novo, e gostaria de citar-lhes as palavras do Presidente N. Eldon Tanner, que foi conselheiro na Primeira Presidência: Ele disse: “Ao refletirmos sobre a importância da resolução de agir melhor, disciplinemo-nos de modo a selecionar cuidadosamente as nossas resoluções, a ponderar o propósito delas e, por fim, a assumir o compromisso de mantê-las e de não deixar que nenhum obstáculo nos impeça de fazê-lo. Lembremo-nos de que, no início de cada dia, podemos manter uma resolução por apenas um dia. Se fizermos isso, ficará cada vez mais fácil, até se tornar um hábito”2.


Há pouco mais de um ano, o Élder David A. Bednar disse que a constância em práticas diárias simples, como a oração familiar, o estudo das escrituras e as noites familiares, é fundamental na edificação de uma família bem-sucedida. O esforço constante em passos aparentemente pequenos e diários é um princípio-chave na realização de qualquer grande obra, inclusive no progresso pelo caminho do discipulado. Como ilustração, o Élder Bednar comparou os atos diários a cada uma das pinceladas de um quadro, que somadas ao longo do tempo produzem uma obra de arte. Ele disse:


“Em meu escritório há uma bela pintura de um campo de trigo. A pintura é um imenso conjunto de pinceladas de tinta, nenhuma das quais, vista isoladamente, aparenta ser muito interessante ou impressionante. Na verdade, se olharmos a tela bem de perto, tudo o que veremos será um aglomerado de pinceladas de cor amarela, dourada e marrom, aparentemente sem relação entre si e sem beleza. No entanto, à medida que nos afastamos da tela, todas as pinceladas isoladas se combinam e produzem uma magnífica paisagem de um campo de trigo. (…)


(…) Assim como as pinceladas amarelas, douradas e marrons de tinta se complementam e produzem uma impressionante obra-prima, nossa constância em fazer coisas aparentemente pequenas pode levar a resultados espirituais significativos. ‘Portanto não vos canseis de fazer o bem, porque estais lançando o alicerce de uma grande obra. E de pequenas coisas provém aquilo que é grande’ (D&C 64:33)”.3
O Presidente Ezra Taft Benson, falando de arrependimento, deu este conselho:


“Precisamos tomar cuidado, ao procurar tornar-nos cada vez mais [semelhantes a Cristo], para que não desanimemos e percamos a esperança. O processo de tornar-nos semelhantes a Cristo é uma jornada de toda uma vida, que geralmente envolve mudança e crescimento lentos, quase imperceptíveis. As escrituras registram relatos extraordinários de homens cuja vida mudou drasticamente, num instante, como aconteceu com Alma, o Filho; Paulo na estrada para Damasco; Enos orando até a noite e o rei Lamôni. Esses exemplos assombrosos da capacidade de mudar até os atolados no pecado dão-nos a confiança de que a Expiação pode alcançar até os que estão em desespero profundo.
Mas precisamos ser cautelosos ao falar desses exemplos extraordinários. Embora reais e muito vigorosos, eles são a exceção, mais do que a regra. Para cada Paulo, para cada Enos, para cada rei Lamôni, há centenas e milhares de pessoas para quem o processo de arrependimento é bem mais sutil e bem menos perceptível. Dia a dia eles se movem para mais perto do Senhor, sem quase se dar conta de que estão edificando uma vida semelhante à de Deus. Levam uma vida tranquila de bondade, serviço e comprometimento. (…)


Não podemos perder a esperança. A esperança é a âncora da alma dos homens. Satanás quer que joguemos fora essa âncora; desse modo, ele pode provocar desânimo e desistência. Mas não podemos perder as esperanças. O Senhor fica feliz com todo esforço, mesmo os menores e diários, com os quais nos esforçamos para sermos mais como Ele.”4



Buscar a Ajuda do Senhor ao Servir o Próximo

Lembrem-se de que devemos não apenas pensar em nós mesmos quando buscamos uma porção diária do pão divino. Se quisermos tornar-nos como o Mestre, Aquele que veio não “para ser servido, mas para servir” (Marcos 10:45), buscaremos Sua ajuda para prestar serviço ao próximo, dia a dia.
O Presidente Thomas S. Monson vive esse princípio melhor do que qualquer pessoa que conheço. Há sempre presente em seu coração uma oração para que Deus lhe revele as necessidades e os meios para que ele auxilie as pessoas a seu redor, a qualquer dia ou a qualquer momento do dia. Um exemplo de sua época como bispo ilustra o fato de que, às vezes, até um pequeno esforço pode, com a atuação do Espírito, render frutos extraordinários. Vou citar um trecho da biografia do Presidente Monson escrita por Heidi Swinton, intitulada Ao Resgate:
“Um dos que o [Presidente Monson] ajudou foi Harold Gallacher. A mulher e os filhos eram ativos na Igreja, mas Harold não era. Sua filha Sharon havia pedido ao bispo Monson se ele poderia fazer ‘algo’ para trazer o pai de volta à atividade. Como bispo, ele sentiu-se inspirado a procurar Harold, certo dia. Era um dia quente de verão quando ele bateu à porta de tela da casa de Harold. O bispo viu Harold sentado em sua poltrona, fumando um cigarro e lendo o jornal. ‘Quem é?’ perguntou Harold, de mau humor, sem erguer os olhos.
‘Seu bispo’, respondeu Tom. ‘Vim para conhecê-lo e para pedir que frequente as reuniões com sua família.’
‘Não. Estou muito ocupado’, foi a resposta desdenhosa. Ele nem ergueu os olhos. Tom lhe agradeceu por ouvir e foi embora. A família se mudou sem que Harold fosse às reuniões.
Anos depois, um certo irmão Gallacher telefonou para o escritório do Élder Thomas S. Monson e pediu para marcar uma entrevista com ele.
‘Pergunte se o nome dele é Harold G. Gallacher’, disse o Élder Monson a sua secretária, ‘e se ele morou na rua Vissing Place, número 55, e tinha uma filha chamada Sharon’. Quando a secretária fez isso, Harold ficou surpreso de ver que o Élder Monson se lembrava de tantos detalhes. Quando se encontraram, mais tarde, eles se abraçaram. Harold disse: ‘Vim me desculpar por não ter me levantado da poltrona e deixado você entrar naquele dia quente de verão, há muitos anos’. O Élder Monson lhe perguntou se estava ativo na Igreja. Com um sorriso torto, Harold respondeu: ‘Sou o segundo conselheiro no bispado de minha ala. Seu convite para ir à Igreja e minha recusa me incomodaram tanto que tive de fazer algo a respeito’.”5



As Escolhas Diárias Têm Consequências Eternas

A lembrança de nosso pão de cada dia nos mantém cientes dos detalhes de nossa vida, do significado das pequenas coisas que ocupam nossos dias. A experiência ensina que no casamento, por exemplo, uma série constante de simples atos de bondade, ajuda e atenção faz muito mais para manter o amor vivo e para nutrir o relacionamento do que um ocasional gesto grandioso e caro. Não estou dizendo, irmãos — vocês que são casados — que sua mulher não vai apreciar um vestido novo e realmente bom ou algum outro presente ocasional que expresse com um ponto de exclamação o que você sente por ela (dentro dos parâmetros, é claro, de seu orçamento apertado). Quero apenas dizer que uma expressão constante e diária de afeto, tanto em palavras quanto em ações, é bem mais significativa a longo prazo.


Da mesma forma, nas escolhas diárias podemos impedir que certas influências insidiosas entrem em nossa vida e se tornem parte do que somos. Em uma conversa informal que o Élder Neal A. Maxwell e eu tivemos há alguns anos com um líder do sacerdócio em uma conferência de estaca, observamos que uma pessoa pode evitar em grande parte a pornografia e as imagens pornográficas simplesmente fazendo boas escolhas. Na maioria das vezes, basta simplesmente exercer a autodisciplina de não ir aonde existe pornografia, tanto no mundo real quanto na Internet. Reconhecemos, porém, que por ser tão tragicamente difundida, a pornografia pode pegar de surpresa alguém que esteja cuidando de sua própria vida. “Sim”, observou o Élder Maxwell, “mas a pessoa pode rejeitá-la imediatamente. Não precisa convidá-la a entrar e oferecer-lhe uma cadeira para sentar-se”. O mesmo acontece com outros hábitos e influências — desleixo na aparência e na conduta, linguagem abusiva e profana, criticismo cruel, procrastinação e assim por diante — nossa atenção diária no sentido de evitar o princípio dessas coisas pode impedir que venhamos, num dia futuro, descobrir que por descuido nosso um mal ou fraqueza se enraizou em nossa alma.


Na verdade, não há muitas coisas que sejam totalmente sem importância em um dado dia. Até as coisas comuns e repetitivas podem ser tijolos minúsculos mas importantes que, com o tempo, edificarão a disciplina, o caráter e a ordem necessários para realizar nossos planos e sonhos. Portanto, ao orarem pelo seu pão de cada dia, pensem com cuidado em suas necessidades, tanto no que lhes falta quanto naquilo contra o qual precisam proteger-se. Ao se deitarem, pensem nas coisas positivas e negativas do dia e no que fará, um pouco melhor, no dia seguinte. E agradeçam ao Pai Celestial pelo maná que Ele colocou ao longo de seu caminho e que os sustentou durante o dia. Suas reflexões vão aumentar sua fé Nele, ao verem que a mão Dele os ajudou a suportar algumas coisas e a mudar outras. Vocês conseguirão regozijar-se em mais um dia, mais um passo rumo à vida eterna.



Jesus Cristo É o Pão da Vida

Acima de tudo, lembrem-se de que contamos com Aquele que o maná simbolizava, o próprio Pão da Vida, o Redentor.
“E Jesus lhes disse: Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome, e quem crê em mim nunca terá sede. (…)
Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim tem a vida eterna.
Eu sou o pão da vida.
Vossos pais comeram o maná no deserto, e morreram.
Este é o pão que desce do céu, para que o que dele comer não morra.
Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre; e o pão que eu der é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo” (João 6:35, 47–51).
Presto-lhes meu testemunho da realidade viva do Pão da Vida, Jesus Cristo, e do poder e alcance infinitos de Sua Expiação. Em última análise, é a Sua Expiação, Sua graça, que é nosso pão de cada dia. Devemos buscá-Lo diariamente, fazer Sua vontade a cada dia, para tornar-nos um com Ele, como Ele é um com o Pai (ver João 17:20–23). Abençoo vocês para que ao buscarem isso Nele, seu Pai Celestial lhes conceda o pão de cada dia, em nome de Jesus Cristo. Amém.
© 2011 Intellectual Reserve, Inc. Todos os direitos reservados. Aprovação do inglês: 10/10. Aprovação da tradução: 10/10. Tradução de Give Us This Day Our Daily Bread. Portuguese. PD50028437 059

Notes

1. Marcus Luttrell with Patrick Robinson, Lone Survivor: The Eyewitness Account of Operation Redwing and the Lost Heroes of SEAL Team 10 (2007), p. 124.
2. N. Eldon Tanner, “Just for Today”, New Era, janeiro de 1975, p. 5.
3. David A. Bednar, Conference Report, outubro de 2009, p. 18; ou A Liahona, novembro de 2009, pp. 19–20.
4. Ezra Taft Benson, “A Mighty Change of Heart”, Ensign, outubro de 1989, p. 5.
5. Heidi S. Swinton, To the Rescue: The Biography of Thomas S. Monson (2010), pp. 160–161.