31 de maio de 2011

SER E FAZER

Ser e fazer são coisas inseparáveis.
O Salvador com frequência denunciava os que faziam sem serem, chamando-os de hipócritas: “Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim” (Marcos 7:6). Fazer sem ser é hipocrisia, ou seja, simular o que não é: é ser fingido.                                                                                                                                        Por outro lado, ser sem fazer é vazio, como em “a fé, se não tiver as obras,é morta em si mesma” (Tiago 2:17; grifo do autor). Ser sem fazer não é ser de verdade: é enganar-nos a nós mesmos, crendo que somos bons, simplesmente por termos boas intenções.
Fazer sem ser (hipocrisia) passa uma falsa imagem para os outros, ao passo que ser sem fazer passa uma imagem falsa para nós mesmos.
O Salvador repreendeu os escribas e fariseus por sua hipocrisia: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que dizimais” — algo que eles faziam — “a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé” (Mateus 23:23). Em outras palavras, eles não eram o que deviam ser.
Embora reconhecesse a importância de fazer, o Salvador identificou ser como “o mais importante”. A importância maior de ser é ilustrada nos seguintes exemplos:
 1-Entrar nas águas do batismo é algo que fazemos.ser que precisa vir antes disso é a fé em Jesus Cristo e uma vigorosa mudança no coração.
2-Tomar o sacramento é algo que fazemos. Ser dignos de tomar o sacramento é algo bem mais sério e importante.
3-A ordenação ao sacerdócio é um ato que fazemos.A questão mais séria, porém, é o poder no sacerdócio, que se baseia nos “princípios da retidão” (D&C 121:36) ou ser.
Muitos elaboram uma lista de coisas a fazer, para lembrar-se do que desejam realizar. Mas as pessoas raramente fazem uma lista de coisas que devem ser. Por quê? Fazer envolve atividades ou acontecimentos que podem ser assinalados na lista, quando estão feitos. Ser, porém, nunca acaba. Não há como assinalar como concluídas as coisas que você deve ser. Posso levar minha mulher para passear numa bela noite de sexta-feira. Isso é algo que vou fazer.Mas ser um bom marido não é um evento único: é algo que precisa ser parte da minha natureza, do meu caráter, de quem eu sou.
Conferência Geral – abril 2011 – 
Élder Lynn G.Robbins – (Setenta) 

Nenhum comentário:

Postar um comentário